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TENHO 25 ANOS , SOU FORMADO EM MAGISTÉRIO (CEFAM ITANHAÉM), CURSO PEDAGOGIA NA UMESP(UNIVERSIDADE METOSITA DE SÃO PAULO) E ATUALMENTE LECIONO EM UM 4º ANO, NA CIDADE DE ITANHAÉM-SP

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A Festa no Circo

A Festa no Circo


 Marlene B. Cerviglieri

A cidade amanhecera em festa. Todos queriam achar um tempo para irem ao Circo. Havia chegado há já uns dois dias, prometendo dar um espetáculo de arromba. Fez um grande desfile pela cidade com todos os seus componentes. Seria uma festa mesmo! Quase todo ano eles chegavam na cidade e era um reboliço danado. Muitas pessoas aproveitavam para vender seus docinhos, e o pipoqueiro não vencia fazer tanta pipoca. Era muito interessante, pois o único animal que eles tinham eram os cavalos que puxavam as carroças. Havia trapezistas, bailarinas, homens voadores. Mulher de barba grande. Os palhaços então eram muitos cada um com uma roupa diferente. O mágico sempre nos surpreendia com seus truques. Faziam também um teatrinho com bonecos grandes quase perfeitos, e eram muitos engraçados mesmo.
Havia distribuição de brindes para todos, coisinhas simples, mas era uma alegria para nós. Naquele dia fui buscar pipoca que tinha acabado. Fiquei esperando até chegar o milho numa fila bem grande. Foi então que ouvi uma historia que me emocionou Um dos garotos que estava na fila, era do circo. Não sei o que ele fazia me parece que trabalhava com os bonecos no teatrinho. Foi então que alguém na fila perguntou;
- Por que vocês não  têm animais no circo?
O menino olhou pensativo para todos nós e disse:
- Há muitos anos atrás este circo era dos avós do dono de hoje. Eles tinham animais. Leões, macacos. Cachorros amestrados, cavalos velozes. A bilheteira do Circo, que cuidava de vender os ingressos, ganhou um nenê muito lindo um belo menino. Todos nós moramos em trailer ou barracas. Ela foi para a bilheteria e deixou o bebê dormindo no trailer. Veio uma chuva muito forte, uma tempestade e o vento levou metade do Circo embora. Ficou tudo de pernas para o ar! Todos estavam amedrontados e apavorados. Ela chorava e pedia pelo filhinho, não se sabe onde estaria, pois o vento arrastou tudo. Foi quando viu a Chita, a macaca maior do Circo, carregando o seu bebê nos braços bem apertadinho. Foi até a mãe e o entregou. A mãe chorava muito e a macaca também. Todos se salvaram, mas metade dos animais se foi, assim como todos os filhotes da macaca. Daí em diante o Circo foi acabando com a apresentação de animais. Fizeram uma grande Festa no Circo depois para agradecer a vida de todos.
- Mas por que excluíram os animais para sempre? Perguntei.
- Porque são animais irracionais, aprendem o que lhe ensinamos para se apresentarem, apesar de terem o instinto de preservação, isto não é suficiente para que eles possam se defender quando acontece uma tragédia. Foi pensando em preservá-los que o Circo não os quis mais nas apresentações. Tentei imaginar os animais correndo tentando fugir sem saber o que fazer. Se nós que somos racionais no pânico ficamos perdidos, imaginem eles. Chegou a pipoca, e voltei para meu lugar ainda pensando no que ouvira. Mas a alegria voltou, A Festa no Circo foi maravilhosa!

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